Ignacio Castro Rey. Retrato máis ben de certa dozura anómala. Ou da compaixón que vén, pois Todd Philips, nesta película que non deixa indiferente a ninguén, fala ante todo do sufrimento do ser humano, un tormento do perdedor que podería ser calquera de nós. Cando o protagonista baleira a neveira e se mete dentro, despois dunha infinidade de humillacións Seguir lendo Joker: retrato da violencia que vén?(I)
Arquivo da categoría: Cine
Marie Laforêt, vítima dun crime
Fidel Vidal. O dous de novembro deste 2019 faleceu Marie Laforêt aos oitenta anos de idade. Non podo senón lembrar que nos meus anos de mocidade e adolescencia foi unha icona da muller fermosa de quen todos ficamos namorados; a imaxe ideal, mesmo no sentido relixioso, de adoración, pois falamos dunha imaxe Seguir lendo Marie Laforêt, vítima dun crime
O moucho cego
Alberte Pagán. Um pintor de estojos, fumador de ópio, recebe a visita dum desconhecido que di ser seu tio. Quando o anfitriom vai buscar vinho ve por um bufardo a cena primigénia do relato: umha mulher/anjo vestida de negro oferece umha flor a um velho yogi que senta baixo um cipreste; um rego os separa; ela quer cruzar mas tropeça e cai, ante os exagerados risos do velho. Esta é a cena que obsessiona ao home e que pinta nos estojos umha e outra vez. Pouco despois a mulher/anjo aparece na porta do narrador, entra na casa, deita-se no leito. Está morta, vermes na carne. O narrador, após deitar-se com ela, despeça-a e leva os anacos numha maleta até um cemitério coa ajuda dum cocheiro/trapeiro/enterrador. O moucho do título é a sombra do narrador na parede, a única que pode chegar a entender a sua narraçom, escrita “para asegurar-me de que estes sucessos nom som produto da minha imaginaçom”. Seguir lendo O moucho cego
Diana Toucedo em tres tempos
Alberte Pagán. 1. Ser de luz (2009, 5’). Diana Toucedo pede-me que apadrinhe umha projecçom de Trinta Lumes na sala Numax. Aproveito para revisar a primeira película que vim dela, Ser de luz, umha peça construída com material alheo na que a luz, as superposiçons e as transparências som protagonistas. As fontes originais das images som as abstracçons pintadas dos Preludes 1-6 (Stan Brakhage, 1996); material etnográfico tirado de Film ist. (Gustav Deutsch, 2002), à sua vez construída a partir de metrage encontrada; e a cena do sonho de El negro que tenía el alma blanca (Benito Perojo, 1927), que Deutsch recolhe no capítulo “Magia” da sua película. Seguir lendo Diana Toucedo em tres tempos